Aquecimento pós-pandemia e mudanças de hábitos impulsionam emprego e renda no setor de flores e plantas ornamentais, aponta USP
05/03/2024
Levantamento do Cepea-Esalq, campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP) destaca formalização, escolaridade dos profissionais e participação das mulheres. Aquecimento pós-pandemia e mudanças de hábitos impulsionam empregos e renda no setor de flores e plantas ornamentais, aponta USP
Patrícia Teixeira/g1
O número de pessoas empregadas na cadeia de flores e plantas ornamentais cresceu 26% entre os anos de 2017 e 2022. O setor foi impulsionado pelo aquecimento das vendas pós-pandemia na área de festas e eventos e por mudanças de hábitos dos consumidores.
📲 Receba no WhatsApp notícias da região de Piracicaba
O setor apresenta, ainda, um aumento na participação de mulheres e se destaca quanto à formalização e à escolaridade dos profissionais.
Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), o campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP), em parceria com o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor).
O levantamento mostra que o número de empregados na cadeia de flores e plantas ornamentais chegou a 266,8 mil em 2022, um aumento de 55 mil profissionais em comparação ao ano de 2017.
Já a renda no setor foi subiu 83% no mesmo período, de acordo com o centro de estudos da USP.
Mercado de flores
Reprodução/EPTV
Aquecimento do mercado de eventos e festas
Pesquisadores do Cepea analisaram que, apesar dos impactos da pandemia de Covid-19, houve um crescimento no setor a partir de 2020, o que pode ser explicado por diferentes fatores.
“Seja devido a mudanças de hábito do consumidor em favor da aquisição de flores e plantas ornamentais ou ao superaquecimento do mercado de eventos e festas, em decorrência, por sua vez, de uma demanda represada do período de restrições sanitárias”, apontam os pesquisadores.
Formalização, escolaridade e mulheres
De acordo com o centro de estudos da USP, avaliando o perfil da mão-de-obra, o setor se destaca pela formalização, escolaridade dos profissionais e pela participação das mulheres.
“É possível afirmar que a cadeia de flores e plantas ornamentais é mais formalizada frente a outros setores do agronegócio. A cadeia também conta com maior participação feminina e ocupa trabalhadores com maior escolaridade média”, indicam os profissionais.
Segundo o Cepea houve um pequeno crescimento quanto à participação de mulheres na produção dentro da porteira. O índice subiu de 44,3% em 2017 para 47,7% em 2022.
VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região
Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba