Petroleiros entram em greve e protestam em frente à Replan, em Paulínia
Petroleiros iniciam greve nacional Petroleiros entraram em greve por tempo indeterminado e realizaram um protesto em frente à Refinaria de Paulínia (SP), a Re...
Petroleiros iniciam greve nacional Petroleiros entraram em greve por tempo indeterminado e realizaram um protesto em frente à Refinaria de Paulínia (SP), a Replan, na manhã desta segunda-feira (15). Não há informações sobre o total de trabalhadores parados na unidade. A paralisação nacional foi decidida após semanas de assembleias e da rejeição da segunda contraproposta apresentada pela empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa os sindicatos dos trabalhadores da Petrobras em todo o país, a proposta não avançou em três pontos considerados centrais na negociação: o fim dos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros), que impõem descontos adicionais nos salários de trabalhadores, aposentados e pensionistas para cobrir déficits do fundo de previdência; melhorias no plano de cargos e salários, além de garantias contra mecanismos de ajuste fiscal; a defesa de um modelo de negócios voltado ao fortalecimento da estatal, com a contenção do avanço de parcerias e terceirizações que, segundo os sindicatos, precarizam o trabalho e abrem caminho para privatizações. “A categoria quer respeito, dignidade e uma justa distribuição da riqueza gerada”, afirmou a FUP em nota. “A greve aprovada nas assembleias é por um ACT forte, que recupere direitos perdidos, garanta condições decentes de trabalho e resolva de forma definitiva os equacionamentos da Petros.” Procurada pelo g1, a estatal afirmou que a greve não terá impacto na produção e que segue empenhada em concluir a negociação do acordo (veja mais abaixo). Petroleiros protestam em frente à Replan, em Paulínia (SP); categoria entrou em greve Guilherme Weimann/Sindipetro Unificado O que diz a federação Segundo a FUP, a atual gestão da Petrobras, sob o comando de Magda Chambriard, dificulta o avanço das negociações ao não apresentar propostas capazes de viabilizar um acordo. A entidade afirma ainda que, ao longo das discussões, a empresa adotou decisões unilaterais, como transferências forçadas e demissões sem justificativa na área de exploração e produção, comprometendo o diálogo com os sindicatos. “Desde o início da negociação coletiva, a FUP e seus sindicatos deixaram claro à gestão da Petrobras que o fim dos equacionamentos é um ponto central para a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). É inadmissível que, após quase três anos de negociações, a empresa não avance na apresentação de uma proposta que coloque um ponto final nos PEDs”, afirmou a entidade. Além disso, a entidade questiona o volume de recursos destinados aos acionistas. Segundo o sindicato, nos primeiros nove meses do ano a Petrobras pagou R$ 37,3 bilhões em dividendos, enquanto ofereceu um ganho real de apenas 0,5% no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), além de promover, na avaliação dos trabalhadores, retrocessos e diferenças entre empregados da holding e das subsidiárias. Veja a nota da Petrobras na íntegra: “A Petrobras informa que foram registradas manifestações em unidades da companhia em virtude de movimento grevista. A Petrobras afirma que não há impacto na produção de petróleo e derivados. A empresa adotou medidas de contingência para assegurar a continuidade das operações e reforça que o abastecimento ao mercado está garantido. A empresa respeita o direito de manifestação dos empregados e mantém um canal permanente de diálogo com as entidades sindicais, independentemente de agendas externas ou manifestações públicas. A Petrobras está em processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho desde o final de agosto deste ano. Na última terça-feira (09/12) a companhia apresentou sua última proposta, que contempla avanços aos principais pleitos sindicais. A Petrobras segue empenhada em concluir a negociação do acordo na mesa de negociações com as entidades sindicais”. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias sobre a região no g1 Campinas