Inquérito que apurava supostos desvios de doações do Fundo Social de Bauru para igreja ligada à família da prefeita é encerrado por falta de provas
Segundo a polícia, denuncias de Damaris Pavan não se comprovam e advogado da família diz que ela foi usada como instrumento político. CEI continua. Políci...

Segundo a polícia, denuncias de Damaris Pavan não se comprovam e advogado da família diz que ela foi usada como instrumento político. CEI continua. Polícia Civil encerra inquérito do Fundo Social por falta de provas Paulo Piassi/g1 A Polícia Civil de Bauru (SP) concluiu, nesta sexta-feira (13), o inquérito policial que investigava irregularidades nas doações do fundo Social de Solidariedade de Bauru (SP). 📲 Participe do canal do g1 Bauru e Marília no WhatsApp A denúncia foi registrada por meio de um boletim de ocorrência, no dia 7 de maio, pela ex-servidora comissionada Damaris Nunes de Faria Pavan, exonerada da prefeitura em abril deste ano. Ela alega que houve desvio de doações do Fundo Social para uma igreja ligada à família da prefeita Suéllen Rosim (PSD). Segundo a Delegada Priscila Bianchini, durante a investigação foram ouvidos diversas testemunhas, entre elas motoristas, funcionários da igreja e do fundo social e foram investigados itens da chácara da família Rosim e da igreja, todos, porém com nota fiscal. O advogado da família, Jefferson Machado, disse à TV TEM que a denunciante foi usada como instrumento político. “Não se pode provar o que efetivamente não aconteceu. Jamais houve pela sra. Lúcia Rosim o cometimento de qualquer irregularidade. A sra. Damaris, imbuída de raiva e ressentimento por ter sido exonerada, se permitiu ser usada como instrumento político e agora responderá pelas acusações levianas que fez”. Em nota, a prefeitura de Bauru informa que recebe com serenidade a conclusão do inquérito e reafirma confiança na conduta dos ocupantes da função: "A prefeitura de Bauru recebe com serenidade a conclusão do inquérito conduzido pela polícia civil sobre o Fundo Social de Solidariedade, que não apontou indiciamentos. A administração reafirma a confiança na conduta das presidentes que ocuparam a função ao longo da nossa gestão e afirma que tem adotado medidas de aprimoramento da gestão e do controle patrimonial de doações. As ações de melhoria e transparência seguem em andamento, com o compromisso de fortalecer a governança e garantir ainda mais eficiência e responsabilidade na condução dos programas sociais". O relatório foi encaminhado ao poder judiciário e, agora, o Ministério Público (MP) avaliará se pede novas diligências ou se arquiva o caso. O g1 questionou a ex-servidora Damaris Pavan, mas ela não quis se manifestar. Relembre o caso A Polícia Civil de Bauru tinha aberto investigação para apurar as denúncias feitas por Damaris Nunes de Faria Pavan. Segundo o boletim de ocorrência, em março de 2022, a ex-servidora teria recebido ordens de Lúcia Rosim, então presidente do Fundo Social e mãe da prefeita, para levar doações armazenadas no local para o Ministério Produzindo Esperança (MIP), igreja coordenada por membros da família Rosim. Entre os itens citados na denúncia estão freezer, máquina de lavar, televisores, cestas básicas e caixas de leite. Damaris anexou à denúncia prints de supostas conversas com Lúcia Rosim e com uma funcionária do gabinete da prefeita. Nos diálogos, são combinados horários e locais para entrega dos produtos. A ex-servidora também afirmava que Márcia Rosim, irmã da prefeita, teria buscado doações para levá-las a uma chácara onde funciona um projeto social de futebol, coordenado por Dozimar Rosim, pai de Suéllen. FUNDO SOCIAL BAURU Reprodução CEI continua Embora a investigação policial tenha sido encerrada, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) aberta pela Câmara de Bauru continua. Foram indicados para compor a comissão Dário Dudário (PSD), Pastor Bira (Podemos), Sandro Bussola (MDB), Beto Móveis (Republicanos) e André Maldonado (PP). Por decisão do colegiado, Bussola foi escolhido presidente e André Maldonado o relator da Comissão. A CEI, instaurada no dia 26 de maio, terá o prazo de 90 dias, prorrogável por mais 30 dias, para concluir suas investigações. Os vereadores que fazem parte da CEI já ouviram cinco testemunhas. Durante rodada de depoimentos, testemunhas negaram ter conhecimento das irregularidades apresentadas. Confira outros destaques do g1 Motorista ultrapassa em local proibido e aposta 'racha' a 185 km/h em rodovia de Tupã VÍDEO: motorista ultrapassa em local proibido e aposta 'racha' a 185 km/h em rodovia de Tupã Cão é adotado após 11 anos aguardando família no interior de SP: 'Alguém para amar', diz tutor Veja mais notícias da região no g1 Bauru e Marília VÍDEOS: assista às reportagens da região